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12 Motivos que Mostram ser Burrice um Roqueiro ser Machista, Racista ou Homofóbico




Algumas coisas são incompreensíveis. O rock, por exemplo. Em, sua origem, o estilo foi feito para ser, acima de tudo, contestador. Portanto, há de se pensar que preconceitos e intolerâncias não cabem no modo rock'n roll de ser, certo? Errado. Vez ou outra, algum representante dele solta uma "pérola", ou comete uma gafe que demonstra que nem o rock está livre da estupidez. 

Há fatos documentados, como a saudação nazista feita por Phil Anshelmo ou o tom de deboche com que Clemente, vocalista da banda punk Inocentes, tratou a questão da homossexualidade numa entrevista com o rapper Criolo. Não que ser Machista, racista ou homofóbico não seja errado, mas, fica ainda mais feio quando isso vem dos roqueiros, pois a lista a seguir comprova que se não fossem por muitos gays, mulheres e negros, o rock não seria o que é hoje. 

Portanto, ser um roqueiro preconceituoso é, antes de mais nada, burrice.


ROQUEIRO HOMOFÓBICO?


12°
Michael Stipe (R.E.M.)
O vocalista do R.E.M. só veio a assumir sua homossexualidade em 2008, durante uma entrevista a uma publicação norte-americana. No entanto, rumores e especulações sobre sua vida pessoal sempre foram corriqueiras, o que, em muitas vezes, deixava Stipe com uma forte depressão. Hoje, livre de neuroses, finalmente, ele pôde se aceitar publicamente, o que não diminuiu em nada a grande importância que sua banda teve, tem e ainda terá para o rock nos últimos 30 anos. 


11° 
Renato Russo (Legião Urbana)
Já com 18 anos de idade, Renato assumiu sua orientação sexual para a mãe, quando disse a ela que achava homens interessantes. E, foi em 1988 que ele assumiu publicamente isso, a contragosto da mãe, que temia o preconceito que ele, provavelmente, sofreria. O temor dela, felizmente, não se concretizou, pois, Renato Russo é um dos cantores e compositores brasileiros mais venerados de todos os tempos, mesmo 20 anos após sua morte.


10° 
Rob Halford (Judas Priest)
Aqui, a situação, em tese, foi mais inusitada, afinal, metaleiro sempre teve fama de bad boy, mulherengo, entre outros arquétipos. Mas, num meio que, de fato, tem os seus preconceitos, Rob Halford se saiu até muito bem ao assumir sua homossexualidade em 1998. Segundo o mesmo, ele recebeu muito apoio dos fãs, que não viram nada demais em alguém que tem tão excelentes serviços prestados ao metal expressar sua sexualidade publicamente.


 
Freddie Mercury (Queen)
Mesmo carismático em muitos aspectos, Mercury era reservado ao falar de sua orientação sexual, apesar de, aparentemente, isso nunca ter incomodado os seus fãs. Teve uma longa relação com Mary Austin (que segundo o cantor, era "sua melhor e única amiga") e algumas relações com homens (incluindo o cabeleireiro Jim Hutton, seu companheiro nos últimos seis anos de vida). Mesmo após sua morte (em decorrência da AIDS), o nome Freddie Mercury gera um enorme culto até os dias atuais, provando com a sua condição sexual pouco (ou nada) incomoda.



ROQUEIRO MACHISTA?


 
Joan Jett (Joan Jett and the Heartbreakers)
Após os anos 70, era muito difícil ver uma mulher roqueira, ao contrário da década anterior, que foi recheada por diversas bandas psicodélicas com mulheres à frente delas. E, essa quase ausência de representatividade feminina, principalmente, no rock mais pesado, conferiu status de estrela a Joan Jett, que primeiro se notabilizou com, a banda Runaways, para depois investir numa bem-sucedida carreira-solo. É desse tempo o mega-hit "I Love Rock'n Roll", considerada pela Billboard a 28° melhor música de todos os tempos. Não à toa, ganhou o título de "Rainha do Rock" em 2003. Precisa mais?


Patti Smith
Quando se fala em punk, geralmente, nomes como Ramones ou The Clash veem à tona. Mas, talvez melhor do que eles, foi Patti Smith, que ditou muito do que o movimento punk faria já no seu álbum de estreia, "Horses", de 75. Considerada a poetisa do estilo, Patti Smith trouxe um lado mais feminista e intelectual ao punk, servindo de influência, principalmente, nos anos 80. Ainda hoje, ela continua lançando discos dignos de nota e é respeitadíssima no meio roqueiro. 


 
Rita Lee
O que falar daquela que foi a pioneira do rock em terras brazucas, ao lado da seminal banda Os Mutantes? Mesmo após sua saída do grupo, Rita continuou uma vindoura carreira-solo, que, entre outros grandes trabalhos, gerou o clássico "Fruto Proibido". Sempre com muita atitude e opiniões fortes, Rita nunca parou de questionar (vide a sua revolta contra policiais que teriam agredido alguns de seus fãs em seu último show, no ano de 2012). Uma senhora que ainda conserva o espírito contestador típico do rock.


 
Janis Joplin
Numa época em que cantoras com voz poderosa se enveredavam pelo blues ou pelo jazz, Janis foi para o rock, mas, trazendo uma pitada desses outros estilos. O resultado foi uma carreira brilhante, porém, meteórica. Assim como Jimi Hendrix e The Doors, suas apresentações ao vivo eram carregadas de emoção e carisma. Depois dela, poucas cantoras seguiram seus passos, mas, as que fizeram, entenderam bem o recado (caso de Beth Hart, por exemplo).



ROQUEIRO RACISTA?


 
Living Colour
O que dizer de uma banda onde não apenas 1 ou 2 integrantes eram negros, mas, toda ela? E, independente de questões raciais, é bom dizer que o Living Colour fazia um som poderosíssimo, na mesma linha de Red Hot Chilli Peppers ou Faith no More em seus melhores momentos. Por sinal, eles conseguiram contrato com a gravadora Epic Records graças ao vocalista do Rolling Stones, Mick Jagger, que estava na plateia em um de seus shows. Com relativo sucesso, e álbuns de muita qualidade, o grupo deixou sua marca, e ainda hoje, vez ou outra, faz algum show esporádico (e, ainda com muito vigor).



 
Derrick Green (Sepultura)
Substituir um ícone nunca é fácil. Imaginem um vocalista do naipe de Max Cavalera, que, com o Sepultura, extrapolou as fronteiras do metal nos anos 90, sendo elogiado até por gente como Ozzy Osbourne? Pois, mesmo após uma saída conturbada de Cavalera de sua antiga banda, Derrick Green o substituiu à altura. Se não conseguiu gravar discos com o Sepultura no mesmo nível que a fase Cavalera, pelo menos, a banda não perdeu o pique, lançando ótimos registros, como "Roots". Sem contar que Derrick é simpático e atencioso com os fãs, ao contrário de muita "estrela" por aí. Um cara que conquistou seu espaço e merece (muito) respeito.


 
Chuck Berry
O rock não seria nada sem os negros. É de sua cultura, do jazz e do blues, que vêm toda a base para o estilo que consagrou Elvis e tantos outros. Mas, antes de Elvis, aquele que pode ser considerado mesmo o pioneiro do rock como o conhecemos hoje é o senhor Chuck Berry. Influenciados? "Somente" Beatles, Animals, Rollng Stones, entre outros. Inclusive, o guitarrista dos Stones, Keith Richards, disse uma vez: "É difícil pra mim apresentar Chuck Berry, porque eu copiei todos os acordes que ele já tocou!"


 
Jimi Hendrix
Todo e qualquer roqueiro que se preze deve alma de 200 gerações futuras a Jimi Hendrix. Isso porque o rock'n roll moderno não existiria sem ele. Pronto. Eletrificando ao máximo sua guitarra, seu som foi a base para todo e qualquer sub-gênero do estilo, do heavy metal ou progressivo. Uma influência sem limites, que está devidamente registrada em apenas 3 discos de estúdio, e apresentações explosivas mundo afora, onde ele, literalmente, destroçava sua guitarra. Nada mais a dizer.


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